Nestes dias estive repensando na estória dos gêmeos Esaú e Jacó. A narrativa bíblica nos mostra que, mesmo sendo eles gêmeos, as suas personalidades eram completamente diferentes. Esaú, que era um exímio caçador, vendeu ao seu irmão o seu direito de primogenitura (que segundo a cultura hebréia, se revestia de significados espirituais, além dos benefícios na partilha da herança) por um cozido de lentilhas que o seu irmão Jacó, um sujeito mais pacato, cuja habilidade residia muito mais na sua esperteza do que na força física, lhe preparara. Esaú ficou estigmatizado como alguém que trocou a sua “bênção” por um simples prato de lentilhas, enquanto que Jacó, usou de todos os seus artifícios (lícitos ou não) para conseguir uma melhor “sorte” espiritual.
Ao reler a narrativa, percebi que o comportamento dos “cristãos” hodiernos tem apresentado caracterísicas muito mais do arquétipo representado por Esaú, do que o de Jacó. Tente explicar para um pai de família desempregado que a “eternidade” é mais importante que um “cozido com lentilhas” na mesa da sua família. Vivemos uma realidade cruel em nosso país, aonde os idosos morrem em filas esperando o atendimento médico em um posto de saúde, jovens são bombardeados pela mídia com apelos sexuais, a violência que nos tornou reféns em nossos próprios lares, esse conjunto de fatores geram em nós um sentimento de total desamparo e impotência diante das nossas necessidades mais básicas. Como pensar na eternidade se as “contas” do mês nos lembram a todo o momento que, somos seres aprisionados no tempo, inseridos em um contexto histórico, do qual ninguém escapa.
De certo que está escrito que “nem só de pão viverá o homem...” (Dt 8.3), mas devemos lembrar que, o homem também vive do pão que o sustenta. Não dá para ser “espiritual” com a “barriga vazia”. Uma vez formado esse quadro, proliferam-se cada dia mais as religiões, seitas e denominações que possuem uma mensagem direcionada para a solução dos problemas cotidianos. Com isso constroem-se “deuses” que são a nossa imagem conforme a nossa semelhança, trazendo alguma esperança para o já combalido coração dos seres da espécie “brasileirus-perdidus”, daí provém o deus-doril (para dores em geral), o deus-espantalho (para afugentar os “gafanhotos” da sua colheita), deus-silvio-santos (que dá casas, prêmios, fama, emprego, se você pagar em dia o “carnê do baú da felicidade”), e mais tantos outros quanto a imaginação fértil dos mercadores da fé conseguir produzir. Essas caricaturas de divindade, não salvam, não transformam a vida de ninguém, não mudam o caráter, mas elas devem ter a sua utilidade (pelo menos para alguns!) mesmo que, não forneçam a solução definitiva para os problemas, apenas satisfaçam momentaneamente as nossas necessidades. O grande problema é que tudo isso está sendo feito em nome do Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que não nos alienou, porém, nos chama para um Reino Eterno, aonde somente lá realizar-se-ão todas as utopias da humanidade.
Para vivermos uma espiritualidade verdadeira em nosso país, temos que aprender a confiar no caráter de Deus, cujas mãos não estão encolhidas e nem os seus ouvidos agravados, precisamos experimentar o que significa “andar por fé”, não uma fé que mais parece uma “moeda” de troca com a qual se faz “barganhas” com Deus, mas uma fé que confia e se entrega, uma fé que apesar de não ser “cega” para nossas necessidades, não se deixa seduzir pelo imediatismo que o mundo nos oferece.
Quem nos olha pode até nos confundir, pois até nos parecemos com ESAÚ, saímos do mesmo ventre, somos gêmeos, mas a nossa vocação é possuir um coração de JACÓ, que não era o preferido, não era o mais forte, não era o mais apto, tinha falhas em seu ser, porém, desejava o ETERNO Deus, mais que tudo. Se realmente desejamos ter um coração como o de Jacó, então o Deus de toda Graça nos encontrará no Caminho, lutando conosco para nos mudar, marcando-nos a alma para que a noite que nos viu JACÓ dê lugar ao dia em que quando o “SOL DA JUSTIÇA” se revelar, encontre pela sua frente a ISRAEL......
Ao reler a narrativa, percebi que o comportamento dos “cristãos” hodiernos tem apresentado caracterísicas muito mais do arquétipo representado por Esaú, do que o de Jacó. Tente explicar para um pai de família desempregado que a “eternidade” é mais importante que um “cozido com lentilhas” na mesa da sua família. Vivemos uma realidade cruel em nosso país, aonde os idosos morrem em filas esperando o atendimento médico em um posto de saúde, jovens são bombardeados pela mídia com apelos sexuais, a violência que nos tornou reféns em nossos próprios lares, esse conjunto de fatores geram em nós um sentimento de total desamparo e impotência diante das nossas necessidades mais básicas. Como pensar na eternidade se as “contas” do mês nos lembram a todo o momento que, somos seres aprisionados no tempo, inseridos em um contexto histórico, do qual ninguém escapa.
De certo que está escrito que “nem só de pão viverá o homem...” (Dt 8.3), mas devemos lembrar que, o homem também vive do pão que o sustenta. Não dá para ser “espiritual” com a “barriga vazia”. Uma vez formado esse quadro, proliferam-se cada dia mais as religiões, seitas e denominações que possuem uma mensagem direcionada para a solução dos problemas cotidianos. Com isso constroem-se “deuses” que são a nossa imagem conforme a nossa semelhança, trazendo alguma esperança para o já combalido coração dos seres da espécie “brasileirus-perdidus”, daí provém o deus-doril (para dores em geral), o deus-espantalho (para afugentar os “gafanhotos” da sua colheita), deus-silvio-santos (que dá casas, prêmios, fama, emprego, se você pagar em dia o “carnê do baú da felicidade”), e mais tantos outros quanto a imaginação fértil dos mercadores da fé conseguir produzir. Essas caricaturas de divindade, não salvam, não transformam a vida de ninguém, não mudam o caráter, mas elas devem ter a sua utilidade (pelo menos para alguns!) mesmo que, não forneçam a solução definitiva para os problemas, apenas satisfaçam momentaneamente as nossas necessidades. O grande problema é que tudo isso está sendo feito em nome do Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que não nos alienou, porém, nos chama para um Reino Eterno, aonde somente lá realizar-se-ão todas as utopias da humanidade.
Para vivermos uma espiritualidade verdadeira em nosso país, temos que aprender a confiar no caráter de Deus, cujas mãos não estão encolhidas e nem os seus ouvidos agravados, precisamos experimentar o que significa “andar por fé”, não uma fé que mais parece uma “moeda” de troca com a qual se faz “barganhas” com Deus, mas uma fé que confia e se entrega, uma fé que apesar de não ser “cega” para nossas necessidades, não se deixa seduzir pelo imediatismo que o mundo nos oferece.
Quem nos olha pode até nos confundir, pois até nos parecemos com ESAÚ, saímos do mesmo ventre, somos gêmeos, mas a nossa vocação é possuir um coração de JACÓ, que não era o preferido, não era o mais forte, não era o mais apto, tinha falhas em seu ser, porém, desejava o ETERNO Deus, mais que tudo. Se realmente desejamos ter um coração como o de Jacó, então o Deus de toda Graça nos encontrará no Caminho, lutando conosco para nos mudar, marcando-nos a alma para que a noite que nos viu JACÓ dê lugar ao dia em que quando o “SOL DA JUSTIÇA” se revelar, encontre pela sua frente a ISRAEL......
2 comentários:
O que dizer? concordo em gênero número e grau. no mais, sem comentários!
aliás, quanto a ser Esaú o mais forte e preferido do pai, não era de DEUS. ou seja, predestinação: ELEIÇÃO E PRETERIÇÃO!
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