domingo, 1 de maio de 2011

Sem Estrela





A morte ia comigo e eu, com ela.
E vi o seu ridículo vestido,
o andar desajeitado e sem sentido,
o rosto com penteado de donzela,

sendo tão velha, velha, no ruído
de suas meias e sapatos de heras.
Então não resisti e me ri dela,
caçoava de seus gestos confundidos.

E desta sisudez que nada espera,
mas sabe que na vida um só gemido
pode fazê-la emudecer. Insisto

em rir de sua passagem sem estrela,
sem grandeza nenhuma. E se resisto,
é porque está em mim quem vai vencê-la. 


Carlos Nejar

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom seu blog ja estou seguindo que Deus continue abençoando. fique na paz do Senhor Jesus. abraços
www.blogandodemadrugada.blogspot.com

Mr. Dennis Portell disse...

Alex, nao tenho teu email. Lembrei de ti e resolvi mandar ja q vc pediu a melodia d amusica "Brincalhão". Está aqui...http://www.myspace.com/572881386

Pode apagar esse coment depois..abç!

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